A perda de dignidade começa pela venda do voto.Hoje o sujeito está vendendo o voto.Amanhã pode ser o corpo, depois a filha.Exagero?! Minimizar o voto é um excesso, de estupidez.A estrutura do Estado é feita para que a política domine todos os campos.Alguém disse uma vez “podes não gostar de política, mas serás governado pelos que gostam”.Certo, o sujeito que quer vender o voto não precisa gostar de política, mas entender. A alienação vai prejudicar muito mais a ele do que aos políticos.Quem não participa do processo político fica a margem da sociedade. Leia –se aqui participar como ter opinião, voto como fruto da consciência. A eleição é a personificação da democracia através do ato de votar.
É através do voto que o cara que reclama dos imposto vai ter como exigir seus direitos. É através do voto que o cidadão pode dizer se está satisfeito ou não. Afinal, escuta (ou pode fazê-lo) nos meios de comunicação o que pensam pessoas tão distantes de si.Pois ao votar, o sujeito está dizendo o que pensa.
É um direito de todo o brasileiro.O que fazer com esse direito, claro isso cabe cada um decidir.Uns decidem vendê-lo.Uns vendem.O exercício mais significativo da democracia, a oportunidade da vida de muitas pessoas para participar do processo político. O futuro dos filhos. Isso tudo pode ser vendido.E tem gente que vende.
Agora, gente que vende algo assim, com esse valor, pode vender
tantas outras coisas que também são suas.Começa pela vendado voto, até chegar na venda do corpo é uma questão de tempo. Uma mulher que aceita vender seu corpo por 1000, mas se lhe pagam 100 é prostituta do mesmo modo. Já perdeu a
dignidade, já vendeu o seu bem tão precioso, seu corpo.O voto é precioso, é um
bem.Vendê-lo implica na perda da dignidade.É só o primeiro passo.Já não há mais
a mesma moral de antes, nem se anda com o peito tão erguido.A voz não fala mais tão alto quando reclama dos parlamentares.O sujeito está envergonhado, por algo que às vezes só ele sabe que fez.Ele vendeu o voto! Ofereceram-lhe um bom
dinheiro e ele vendeu.Assim fácil levaram seus direitos. Quão fácil podem levar
outras coisas agora...
quarta-feira, setembro 27, 2006
E foi-se a dignidade...
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