domingo, junho 25, 2006

Feira de vaidades



Ah esses filmes ainda me matam! Sou emotiva demais para o cinema. Os caras fazem um filme tentando atingir um público alvo e me acham no caminho. Eu sou aquela que chora no final. Mas como sempre digo depende do filme e de mim.Tem vez que vejo um filme que mexe com muita gente, mas não sinto nada. E outros que passam despercebidos aos olhos de outros, esses mexem muito comigo. Como o de hoje: Feira de Vaidades.
Lição, "dinheiro não traz a felicidade". Nã, isso é muito clichê. "O que vale na vida realmente é o amor", ainda assim muito piegas.Talvez possa resumir a lição do filme por " a vida depende de nossas escolhas". É , mas não é só isso. A lição, aquela que me fez debulhar lágrimas e trazer memórias e temores que tento esconder de mim mesma, é um misto dessas três.
Muitas vezes somos atropelados pelos acontecimentos e não reagimos , apenas nos deixamos levar. E nos tornamos a pessoa que os outros querem, que os outros esperam. E o perigo é de esquecer no meio do caminho aquilo que realmente somos, e com essa "pessoa" esquecer nossos reais desejos . A felicidade depende desses desejos. Aqueles que estão conosco. Com o "eu" que somos realmente lá no fundo. Não com o eu que a sociedade espera que sejamos, nem com o eu que a ambição, que o poder, que o dinheiro porque não , não com o eu que essas coisas querem nos tornar.Temo pelos caminhos sem volta.Temo pelos tantos sohos que tenho e o que cogito abrir mão para realizá-los.Temo abrir mão de mim mesma. E esquecer minha felicidade por aí...
Às vezes acho que fujo das pessoas que realmente podem me fazer feliz, fujo da vida que o convivío com essas pessoas me daria. Fujo de um casamento normal, pelo simples medo dele ser medíocre. Mal sei eu que na aparente mediocridade, por detrás das palavras e dos tipos mais comuns se escondem as pessoas mais maravilhosas que já conheci. Esqueço do quanto já enxerguei dentro de alguém e do quanto aquilo tudo que vi me fascinou. Me pego pensando no quanto poderia ser banal minha vida se escolhesse esse caminho, e aí uma voz, talvez a mesma que guiava os passos ambiciosos da personagem do filme, essa voz me diz que meu caminho não é esse. Mas porque essa fuga do simples, do que parece banal e soa como medíocre? A felicidade não está nas pequenas coisas da vida? Talvez o amor também esteja nas pessoas aparentemente mais comuns, menos interessantes , mas simplesmente mais humanas.Talvez...talvez....

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