domingo, maio 07, 2006

Em busca da terra do nunca??

Venho, por meio deste, para avisar os viventes que terão a honra de se formar comigo,que defini o tema de meu projeto de conclusão de curso. Pelo menos até a próxima boa leitura que fizer, este será meu tema. Não copiem...por favor! Talvez isso até seja permitido, sei lá nunca fiz uma monografia antes, mas igual eu sou possessiva e quero que esse tema seja só meu.
Bom, deixando de lado as formalidades e as explicações excessivas, que na minha visão são coisas de homem safado. Sim o safado sempre se explica demais.Mas enfim, vim falar sobre, que soem os tambores! Não vou escrever mais, acha que vou entregar o peixe assim de mão beijada? Vai ter q ler mais para saber, lá, lá, lá.
Sobre o que tu pretende escrever o trabalho de conclusão de curso, perguntou a professora de métodos. Não sei ainda, mas quero escrever algo que tenha ver com ética, respondi. E continuo querendo.Acho que a ética é o maior problema dos profissionais de jornalismo. E quando falo ética , não falo da ética entre os profissionais, aquela diretamente ligada a busca obssessiva pelo furo, mas também aquela relacionada à ética entre profissionais da mesma empresa. Aquelabusca pelo cargo melhor, passando por cima do colega, sim isso é preocupante. Mas talvez quem não aprendeu isso em casa, não irá aprender baseado num trabalho de uma foca, não é ,mesmo?!
Pórem o mais preocupante é a ética quanto ao público a ser atingido, essa ética fere a função social do jornalismo. E não me venham dizer que, por o jornalismo ser corroompido, por ser um jogo de interesses, que ela não existe. Existe sim, mesmo que ninguém a veja. Estamos falando de fatos que viram notícias, fatos envolvem pessoas. As notícias veiculadas envolvem mais pessoas ainda. A análise é grotesca , mas por si só já demonstra o quanto de social existe no processo de produção da informação.Essa ética, relacionada à audiência, quando ferida é o que sempre me instigou a escrever.
Sempre disse, desde que estudei pela primeira vez , que antropologia deveria ser cadeira obrigatória no curso de jornalismo. Ah perdoem-me se estou sonhando, mas se um dia isso acontecer, e baseado no meu trabalho, terei cumprido minha missão nesta profissão.
Para que o jornalista tenha ética com o público, aquele em que é direcionada a notícia, ele precisa conhecê-lo. E ele não conhece.
Os jornalistas se acham as crituras mais sábias do mundo, mas o que sabemos sobre o público a que escrevemos?Será que conhecemos aquilo tudo que eles desejam escutar(ou ler) ? Na faculdade estudamos sobre processos sociais, teorias de discussão a respeito de nossa profissão, mas não há cadeiras que se destinem ao estudo do ser humano.Sim temos psicologia da comunicação, que é ministrada por profissionais da psicologia que buscam durante todo o decorrer da cadeira se aproximar da comunicação, a cadeira nada mais do que um sutirl aproximação entre psicologia e comunicação.O ser humano passa longe dos estudos na faculdade, apenas para quem direcionamos nosso trabalho.Não é em redação jornalística, nem em teoria da comunicação que alguém nos apresenta( e não cita apenas) quem é o Homer que o Jornal Nacional quer atingir. Aliás, aquela definição rídicula do Willian Bonner, o cara que defini a pauta, que por sua vez, é baseada no que o Homer irá gostar. Todo o público é Homer.
Já escrevi sobre isso e posto aqui outro dia.
Conhecer o leitor deveria ser o primeiro critério para a noticiabilidade do fato. Que os Homers do Brasil (e que o Brasil seja mais que isso) assistam a tevê e sintam-se mais do que informados, mas de estômago cheio com a notícia vista. Claro um pouco de utopia, nenhum jornalista , mesmo aquele que estudar antropologia, poderá ler a mente de cada cidadão alvo de sua audiência. Mas a busca da perfeição não deve ser jamais abandonada, afinal buscamos nesta vida tanta coissa que jamais alcançaremos. Milhões de pessoas jogam na mega-sena e muitas delas crêem ser impossível ganhar. Nós, ao buscar conhecer o público, estaremos buscando algo , no mínimo mais nobre que o prêmnio da mega-sena.

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