"Hay que endurecer-se, pero sin perder la ternura jamas"
( Che Guevara)
A estrela se apagou pra mim. E pensar que ela já brilhou tanto em minha voda. Nem sei bem quando isso começou,deve fazer pelo menos uns sete anos. Acho que eu tinha 14 anos quando carreguei pela primeira vez aquela bandeira. Ah dava um orgulho vê aquela estrelinha balançar E ali não era só a estrela que brilhava, mas meus olhos. E os olhos de todos os outros que balançavam aquelas bandeiras vermelhas.Não era um simples pano vermelho com uma bandeira amarela no meio não...Ah pra nós representava muito mais que isso. Era um sonho, era a luta cotidiana por um ideal. A luta que fazia com devorássemos os livrso e o jornais para defender os demais que defendiam o partido. Eu sabia tanto os números do governo Olívio quanto sabia os telefones dos meus amigos. E eu fazia aquilo com paixão. E as pessoas tinham orgulho de dizer aonde tinha ido parar seu voto. E cada dia no jornal uma notícvia que nos estimulava a lutar. E de repente as coisas foram mudando. Não pelas eleições que perdemos. Mas por aquelas que ganhamos. Por não ver nos atos do agora presidente da república os mesmos ideais que havia naquela bandeirinha vermelha que eu balançava quando tinha 14 anos. Não eram os mesmos ideais daquele adesivo que meu pai usou quando votou num cara que todos chamvam de sapo barbudo. Ah não eram os mesmo ideais que tava naquele livrinho que levei no dia que assinei minha ficha no PT. Mas sabíamos que nossos ideais eram fortes que poderíamos ser mais fortes que aquele governo de coalizão .Coalizão essa que os senhores que dirigiam o partido da estelinha nos convenceram de que era importante. Até acreditamos que as alianças iriam ser importantes para nosso desejo de mudar o país, pelo qual tanto lutamos.Nós sabíamos que éramos diferentes, que éramos o retrato do quanto a política pode ser honesta e idealista. Nós éramos! E eles também. E de repente ao assistirmos o noticiário, com medo da próxima medida anti estrela vermelha do presidente, vimos que não éramos honestos. Como assim??!Nós somos, sabíamos disso. São só alguns. Por mais que as pessoas generalizem, não faremos o mesmo, sabemos que ainda somos diferentes . E tínhamos duas opções: abandonar o barco ou lutar pra mantê-lo à deriva. E veio o PED. Resolvi dar uma útlima chance para a estrelinha vermelha. Ah,são 25 anos de história. O Brasil já não é o mesmo depois que aqueles barbudos assinaram aquele manifesto no distante 10 de fevereiro de 1980 em São Paulo.E dei a última esperança. E de repente percebi que estávamos vivos, que sempre tivemos, e poderíamos ser como sempre fomos. E que sim temos força para mudar as coisas. Mas eu estava errada, aqueles senhores são donos do partido, eles mandam lá e assim continuarão depois desse processo a que se submeteram mais de 220 mil filiados. Para quem ainda achava que éramos iguais, 200 mil foram dizer aos senhores o que pensam, enquanto o PSDB elegeu seu presidente com 38 votos.Mas não querem que sejamos diferentes. Os senhores que lá estão e que por lá continuarão não querem isso. Mas eu quero. Eu respiro isso. Eu não sei viver sem esse ideal de mudar a realidade com a política. Não sei para onde vou, mas como vêem sei de onde vim. Quanto a estrela... ah o brilho da estrela já havia se apagado para muitos e agora se apaga para mim.
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