Atrás desta tela escreve um ser político. Por mais que negue a minha essência, sou um ser completamente político. Seja quando vejo novela, almoço com a família ou quando assisto um jogo de futebol. Amigos comunistas já me disseram que futebol é o ócio do povo. Um grande socialista, trotskista como ele preferia, o qual tive a honra de trabalhar antes de vir a falecer, me dizia com olhar de piedade: Dizem que isso é alienante, mas eu adoro futebol. Eu também. E me afastei da política...partidária.
A militante virou uma assessora de imprensa, para então se limitar a ser uma ex- estagiária, uma amiga colorada ou uma reles eleitora. “Ela gosta mesmo é do Inter”. Aí, como tudo tem que ser intenso na minha vida, lá fui eu de corpo, alma, mente e o que mais podia levar me entregar a essa paixão, chamada Internacional.
No início eram alguns jogos, depois eu não perdia nenhum. Resolvi começar a fazer uns “aqueces” antes dos jogos. E que tal um churrasco com os amigos do Inter? E que tal ficar realmente amiga dos amigos do Inter? E que tal começar a organizar jantas e idas ao estádio? Que tal coordenar ( ou fingir que ) algum grupo? E que tal começar a virar ponto de referência em alguma tribo por fazer parte de uma tribo chamada Internacional? E que tal ir sozinha no Beira-rio e não ficar sozinha? Andar pelo espaço do Gigante como político no interior, parando e cumprimentando diversas pessoas. É a política, de novo ela.
A militante virou uma assessora de imprensa, para então se limitar a ser uma ex- estagiária, uma amiga colorada ou uma reles eleitora. “Ela gosta mesmo é do Inter”. Aí, como tudo tem que ser intenso na minha vida, lá fui eu de corpo, alma, mente e o que mais podia levar me entregar a essa paixão, chamada Internacional.
No início eram alguns jogos, depois eu não perdia nenhum. Resolvi começar a fazer uns “aqueces” antes dos jogos. E que tal um churrasco com os amigos do Inter? E que tal ficar realmente amiga dos amigos do Inter? E que tal começar a organizar jantas e idas ao estádio? Que tal coordenar ( ou fingir que ) algum grupo? E que tal começar a virar ponto de referência em alguma tribo por fazer parte de uma tribo chamada Internacional? E que tal ir sozinha no Beira-rio e não ficar sozinha? Andar pelo espaço do Gigante como político no interior, parando e cumprimentando diversas pessoas. É a política, de novo ela.
Minha primeira eleição no Inter. Não, calma pessoal, eu não sou conselheira e nem tentei ser, conheço bem meu quadrado. Mas eu tava lá. Eu fiz boca-de-urna. Eu adesivei pessoas, eu fui a jantas antes da eleição eu discuto decisões do “partido”, ou melhor, chapa com amigos, eu fiz projeções e parabenizei eleitos. Igualzinho eu fazia na outra eleição.
Eu não me livro dessa merda. Não tem jeito. Ainda bem que a política aqui do meu prédio não me seduz, porque ser síndico é o maior abacaxi né, convenhamos.
A eleição no Inter
Estavam aptos em torno de 24 mil sócios. Votaram mais de sete mil. Sendo quase mil destes no interior. Havia urnas, além de Porto Alegre em outras cidades, como Santa Maria, Caxias do Sul. Na capital a eleição era no gigantinho. Cerca de 30 seções separavam os eleitores por ordem alfabética. Bastava o associado entrar mostras sua carteira e era levado a sua seção. Lá ele deveria mostrar um documento com foto e digitar um número para a escolha do presidente e outra para a escolha do conselho deliberativo. Urnas eletrônicas facilitaram o processo. Antes de entrar um corredor polonÊs com figuras como Fernando Carvalho e Mano Changes “aguardava” os eleitores. Durante todo o dia, colorados circularam pelo estádio, no qual havia água e alguns refrigerantes liberados nos espaços das chapas, além de um churrasco com carne no chão, o qual foi o delicioso almoço desta blogueira, que saiu de casa com dois reais.
Ao final, todos, alguns que quisessem , aguardaram o resultado no gigantinho. Cânticos como “Colorado, colorado, nada vai nos separar” e o hino do clube agitavam as arquibancadas enquanto a comissão eleitoral se preparava para o anúncio oficial. A banda da popular ( que apoiou a chapa 1, inclusive com pessoas na nominata do conselho), fazia o fundo musical. Inclusive o tradicional barulho de “que soem os tambores”. Uma faixa alusiva ao ex-presidente Fernando Carvalho, estava colocada muito próximo da pessoa de Fernando Carvalho. A chapa 3 fez mais barulho que todo mundo, ao saber que alcançara 15% e elegera 23 conselheiros. A chapa é formado por torcedores na faixa etária dos 20 aos 40 anos que divulgam sua paixão através da Internet. A chapa 2 elegeu, de oposição, elegeu 39 conselheiros e a situação 88. Para a presidência Piffero foi reeleito com quase 92% dos votos, contra pouco mais de 600 votos da chapa 2 do pai do Mano Changes, ou seja, Claúdio Bier.
O calor escaldante e o movimento intenso de pessoas e carros de som circulando pelo Beira-rio era o retrato do dia mais democrático do Internacional. Um colégio eleitoral maior que muita cidade gaúcha. E que vai quase triplicar de tamanho na próxima eleição. Cerca de 80 mil associados estarão aptos a votar, segundo projeções. Oitenta mil torcedores decidirão o futuro do seu clube de futebol. A razão e a paixão no aperto de um botão. E sigo nesta alienação socialista.
EM TEMPO: Durante o pleito, entre uma andança e outra soube que.... o jogador INDIO jogará no time de Abel Braga, o Al-Jazira na próxima temporada. O zagueiro-artilheiro já estaria em Dubai acertando sua transferência.
*Ágora era o local , na Grécia antiga, no qual a população se reunia para as grandres decisões.
Ps: Tô melhorando no Corel?
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