Pensei em escrever sobre liberdade, mas na verdade vou falar de fingimento. O que na real tem tudo a ver. Sim, o fingimento tem muito a ver com a liberdade e com a felicidade também.
Para muitas pessoas o fingimento mantém uma amizade que as deixa feliz. O fingimento mantém uma relação de boa vizinhança com pessoas insuportáveis. O fingimento deve manter algumas relações. Atire a primeira pedra a mulher que nunca fingiu...vocês sabem o quê.
Fingir felicidade por um convite só pra não sair sozinha da festa. Fingir felicidade com um emprego odioso. Fingir, fingir....eu faço isso o tempo todo. E você também.
Aí um dia percebi que isso me sufoca. Me torna não convencional muitas vezes, mas me sinto tão bem, tão livre, tão eu...quando não finjo.
O pessoal vira a cara. Alguém cochicha que sou louca. A vizinha faz cara de pavor e meu chefe pede pra rever minha decisão de sair. Mas eu me sinto leve quando chego em casa. E por essa sensação eu prometi a mim não fingir mais.
Só que, pasmem, não fingir é mais difícil que fingir. Tá todo mundo acostumado a isso. Algumas relações são simplesmente isso.Eu finjo que gosto e ele finge que vai me chamar pra sair de novo.
Entendi com essa história toda porque gosto tanto da família. Tanto faz se eu gostar ou não do almoço ou da blusa que ganhei. Eles vão continuar me chamando pra almoçar e me dando uma blusa. E meu pai não vai fingir que gostou de eu ter dado pelo 23º natal consecutivo uma meia. É a vida como ela é. Todo mundo se dá o direito de ter mau humor e te pei...bom essa tarefa eu deixo pro meu irmão quando dorme...como pei...tá louco.
Também por isso que gosto de futebol São 90 minutos que não finjo vibrar, que não finjo amar o juiz, que não finjo pular. E mesmo quando trabalhei num jogo eu não fingi ser profissional. Eu simplesmente fui.
Abaixo o fingingimento ...pelo menos por essa semana...
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