domingo, agosto 17, 2008

Anna By Anna - Divagações a distância, modalidade feminina e individual


Época de Olimpíadas e fico tentanto explicar a mim mesma o motivo do fascinío que os jogos olímpicos exercem sobre mim. E sobre tantos outros.

Como pode um jogo, que eu nem entendo como funciona, me envolver tanto e me fazer chorar junto com o atleta, um cara que há cinco segundos atrás eu nem sabia que existia?

As Olímpiadas surgiram na Grécia, como forma dos povos se reunirem para homenagearem seus deuses. Toda a Grécia, separada em povoados, se reunia na cidade de Olimpia para saudar as divindades. E que feitiço estes deuse jogaram em mim para me fazer torcer e vibrar pela vitória de uma mulher magrinha e sorridente, que eu só descubri que existia ao ligar a tevê?

E do outro lado da tela, com imagens da distante da China, eu sigo furiosa com a derrota daquele time simpático que eu passei a torcer. Tá eu conhecia os times de futebol e vôlei do Brasil, também não tava tão perdida assim. Mas não sabia que o Brasil tinha tanto lutador de judô.

E toda a Olimpiada é um momento importante para eu tentar aprender as regras do handebol. Ou tentar entender como alguém acha tanta graça no tal arremesso de martelo. Aliás, creio que esse seja um dos jogos mais antigos das Olimpíadas.

E mais patético é a pessoa olhando a natação. Não dá tempo nem de ir ao banheiro que a corrida acaba. E fico eu apertada, na frente da televisão vendo quem vai ganhar entre todos aqueles moços bonitos.Tá, o Phelps é feinho, coitado.

E hoje vi um jogo, enquanto zapeava, que até agora não sei se é jogo ou uma alucinação minha É uma coisa muito estranha. Uma quadra, muita gente, acho que tinha bola e bastão. Na real, nunca vi na vida e se não tivesse atrasada eu teria acompanhado o tal jogo, nem que fosse por curiosidade.

No entanto, não é a curiosidade que me prende na tela no período das Olimpíadas. É esse fascinío, esse feitço dos deuses, essa coisa de ver em alguns dias o sonho olímpico.

O sonho olímpico não é a disputa da medalha de ouro, mas autopia do mundo perfeito. Por alguns dias, estão todos lá, iguais....sim...todos partem do mesmo ponto de partida são submetidas as mesmas regras. E estão todos lá, mesmo que seus países estejam em guerra.

Quem não se lembra de Hitler assistindo a vitória de um negro sobre todos os demais arianos?
As Olímpíadas nasceram como um presente dos homens aos deuses. Hoje tornaram-se um presente dos deuses aos homens. Alguns doces dias, onde a paz e a igualdade imperam no mundo.

Faço aqui meu manifesto para que as Olímpiadas sejam anuais e com duração de 365 dias...

Um comentário:

Marcus Reis disse...

E NÃO É QUE A MUDANÇA FOI MARAVILHOSA???????
TÁ DEMAIS AQUI! Mais uma vez acertei!
Saudade de quem deixei aí!
olha só.. venho até aqui pedir mais DIVÃS!
heheheh
bjão guria!

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