Cento e oito rostos, cento e oito histórias diferentes unidas num espaço temporal e por momentos. Cento e oito solidões unidas naquele lugar. Cento e oito almas que sorriam. Algumas com mais dificuldades que outras.
Um asilo é um lar de vidas, de histórias. Como a de seu Valdomiro e dona Íria. Ele foi por anos pastor e chegou a administrar oa silo. O local é mantido pela igreja evangélica, mas abriga pssoas de diferentes credos. Dona íria se acidentou e ficou impossibilitada de realizar muitas tarefas. Foi para o asilo. Há sete meses, seu Valdomiro foi morar junto com a esposa. E fizeram daquele pequeno quarto a sua casa.
Histórias como a de seu Osvaldo, um simpático senhor que afirma ter jogado no Internacional. Histórias humildes como a de dona Lígia que canta no coral do asilo, mas confessa ter ficado encabulada quando a chamamos para cantar.Havia ainda um senhor que estava de aniversário exatamente naquele sábado.
Há um paraguaio de aproximadamente cinquante anos que aguarda um transplante de pulmão pelo SUS. Seu filho o acompanha e naquele dia nos humilhou com seu talento no violão.
Histórias e momentos rechearam nossa tarde. Uma senhora chorou ao escutar uma canção. Os velhinhos fizeram o Nolci tocar o hino do Grêmio.... tá foi só um trecho... Mas teve um filho de uma paciente que disse "sou gremista, mas agradeço o que estão fazendo".
E como disse uma das moças que lá trabalha, Simone "Não basta ser colorado tem que fazer pelos outros". Acho que Simone estava errada. Fiz por mim. O sábado recreativo no Lar dos Idosos trouxe outra colorada para o meu lar.
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