Quando criei este blog a idéia era falar do que eu sentia. Mas o blog começou a ser visitado e fiquei tímida. Passei a falar de fatos. Brinquei de jornalismo. Mas ainda sou a mesma. E ainda escrevo. Só deixei de publicar. Que pena!
No último sábado perdi meu avô. Tinha os quatro, até então. Enchia a boca para dizer isso. Morreu o mais distante de mim. Mas a dor veio de uma maneira surpreendente.
Perdi também a chance de dizer tanta coisa a ele. Ele não queria que eu fizesse jornalismo. Mal sabe ele que o seu não querer era mais um estímulo para mim. Ele era machista. Morreu no dia Internacional da Mulher. Eu tentei discutir algumas vezes com ele, mas desisti. Na verdade, eu tinha mesmo muito a escutar.
Havia uma coisa que me ligou a ele e foi o que nos aproximou, o nome.Esse nome que eu ostento veio dele. Quando busquei documentos para a cidadania italiana ele foi bastante prestativo e inciou uma busca maravilhosa por nossas origens. Ele documentou todas as pessoas do nosso tetra avó até a minha geração. Ao final, me entregou uma papel. que nunca digitalizei, conforme prometi. Tô com o papel agora, pensando em que programa colocar todos esses dados.
Mas a verdade é que era o assunto que mais conversávamos.Ah, ele sempre perguntava coisas de vô, como quando me formo e meus planos para o futuro. Felizmente não perguntava sobre o namorado, era a exceção da família. É uma pergunta que as tias fazem e incomoda.
Foram-se as oportunidades, as palavras não ditas e sentimentos não expressos. É na verdade sou mesmo mais parecida com ele do que imagino. Há uns três anos acho, foi a primeira vez que ele me telefonou para me parabenizar pelo aniversário, ele nunca fazia isso. Já esqueci muitos cartões de aniversário, mensagens de parabéns, mas nunca esqueci aquele telefonena.
O que me resta agora é fazer o nosso nome ser conhecido.E, quem sabe assim, de alguma maneira lhe orgulhar. Como ele não teve filha eu era mesmo a única descendente mulher que ele deixou. Ele admirava muitos homens, que eu seja uma das poucas mulheres a ganhar sua admiração... algum dia... de algum lugar...
No último sábado perdi meu avô. Tinha os quatro, até então. Enchia a boca para dizer isso. Morreu o mais distante de mim. Mas a dor veio de uma maneira surpreendente.
Perdi também a chance de dizer tanta coisa a ele. Ele não queria que eu fizesse jornalismo. Mal sabe ele que o seu não querer era mais um estímulo para mim. Ele era machista. Morreu no dia Internacional da Mulher. Eu tentei discutir algumas vezes com ele, mas desisti. Na verdade, eu tinha mesmo muito a escutar.
Havia uma coisa que me ligou a ele e foi o que nos aproximou, o nome.Esse nome que eu ostento veio dele. Quando busquei documentos para a cidadania italiana ele foi bastante prestativo e inciou uma busca maravilhosa por nossas origens. Ele documentou todas as pessoas do nosso tetra avó até a minha geração. Ao final, me entregou uma papel. que nunca digitalizei, conforme prometi. Tô com o papel agora, pensando em que programa colocar todos esses dados.
Mas a verdade é que era o assunto que mais conversávamos.Ah, ele sempre perguntava coisas de vô, como quando me formo e meus planos para o futuro. Felizmente não perguntava sobre o namorado, era a exceção da família. É uma pergunta que as tias fazem e incomoda.
Foram-se as oportunidades, as palavras não ditas e sentimentos não expressos. É na verdade sou mesmo mais parecida com ele do que imagino. Há uns três anos acho, foi a primeira vez que ele me telefonou para me parabenizar pelo aniversário, ele nunca fazia isso. Já esqueci muitos cartões de aniversário, mensagens de parabéns, mas nunca esqueci aquele telefonena.
O que me resta agora é fazer o nosso nome ser conhecido.E, quem sabe assim, de alguma maneira lhe orgulhar. Como ele não teve filha eu era mesmo a única descendente mulher que ele deixou. Ele admirava muitos homens, que eu seja uma das poucas mulheres a ganhar sua admiração... algum dia... de algum lugar...
Um comentário:
catita que triste. não sabia. e sei como é isso. perdi meus dois avôs bem nova e me mesmo assim como sinto falta de ter dito àquelas palavras que não tive coragem. =(
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