terça-feira, agosto 21, 2007

O jeito Yeda de governar - EMATinha

O governo do Estado pretende realizar a renovação do convênio com a Emater até o fim dessa semana, com algumas outras medidas acompanhadas. Uma delas será a mudança da Emater de instituição de assistência técnica para prestadora de serviços. Outra medida, mais polêmica, é o anúncio de pelo menos 220 demissões.

O presidente do Sindicato das Fundações e Autarquias Estaduais (Semapi), Paulo Mendes, afirma que trabalhos de extensão rural e assistência técnica para a agricultura familiar estão previstos na Constituição Estadual. Para ele, essa decisão do governo, de tornar a Emater prestadora de serviços, mostra a não prioridade na agricultura familiar.

Já as demissões, que podem atingir até 300 funcionários, visam diminuir os custos de 9 milhões para 7 milhões de reais. O presidente da Emater, Mário Nascimento, observou que para cada 2,5 técnicos no Estado, um realizaria funções burocráticas. Essa medida busca o enxugamento da máquina e, segundo ele, isso não teria efeitos negativos.

O deputado estadual Elvino Bonh Gass (PT) discorda da decisão, por considerar que não há inchaço na instituição. Segundo ele, na “maioria dos municípios há apenas dois funcionários, um técnico e um administrativo, o técnico passa a maior parte do tempo no campo, ficando a organização, a preparação de projetos e o atendimento ao público a cargo do funcionário que fica no escritório”.

As demissões começariam pelos aposentados, devido aos salários serem mais elevados. A Emater conta hoje com 2.200 funcionários e atende 230 mil famílias de agricultores em todo o Estado.

Na quinta-feira, dia 23, funcionários da Emater e agricultores vão promover um abraço no prédio da empresa em Porto Alegre, às 10 horas, como forma de protesto pelas demissões.


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