Que ironia! Um dia após escrever um texto exaltando os gaúchos, recebo em meu email fotos que me envergonham deste Estado. Já havia ouvido falar nas pichações de pessoas contrárias à adoção de cotas, mas só vendo mesmo para perceber. E na verdade não tenho veegonha, mas pena de gente que pensa assim. Então ainda existem pessoas que acham que a cor da pele é indicativo de superioridade.
Hitler também achava, e um dia viu um negro ganhar uma corrida em plena Alemanha Nazista. Ex-dirigentes do Grêmio já foram contra, alguns até fizeram abaixo assinado contra a contratação de Tesourinha. Sim, teve gente que não queria o Tesourinha no seu time porque ele era negro. E outros tantos exemplos de racistas que o destino resolveu pregar peças. Que peças o destino terá que pregar contra os racistas da UFRGS?Aguardo ansiosa o dia em que essas pessoas se surpreendam com um trabalho de um colega negro.
Ah, como eu me orgulhei de entrar nesta instituição. E quão orgulho eu terei quando as cotas foram aprovadas. Porque essa universidade tem que ser motivos de orgulho constante para os gaúchos, e para todos os brasileiros. Eu faço jornalismo, não sei ao certo, mas devemos ser uns 1000 alunos no prédio da Fabico. Creio que não tenhamos dez alunos negros. Eu juro que estou fazendo um esforço na minha mente, para lembrar quantos colegas negros tenho e o número é infinitamente pequeno. No RU que almoço, temos muitos estudantes dos cursos de saúde. É comum almoçarmos com estudantes vestidos de branco. Não lembro de ter vsito algum estudante negro vestido de branco almoçando no RU.
Não quero que a minha Universidade, aliás a Universidade de todos nós seja conhecida por essas pichações, ou por dois vestibulandos negros terem perdido a prova por serem interceptados pela polícia enquanto corriam. Tem tanta coisa mais bonita pra se mostrar e o povo negro é uma delas.
Quem é contra, defende estas imagens?? Já pensou assim???
A questão das cotas não é caridade, é justiça! Eu sou a favor das cotas na UFRGS por mil motivos, mas o maior deles é que a injustiça me indigna.
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