“Em boca fechada não entra mosca”, já dizia minha avó. E esta é mais uma prova de sua sabedoria. O silêncio é sempre uma grande arma. Nunca escondi de ninguém meu fascínio pelas palavras e pelo poder q elas exercem sobre as pessoas. Tampouco escondo o poder que julgo ser capaz uma bela bagunça. Mas existem cosias que o silêncio e o anonimato, um providencial retiro, são as melhores armas.Para certas fases só isso pode ser eficaz, sobretudo para aqueles momentos em que as dúvidas não nos deixem entender ainda o que, afinal, seria eficaz, períodos em que só a clareza da falta de clareza sobre os fatos e as pessoas. E há fatos que não vemos, e há pessoas que tentamos não enxergar. Vemos a nós. Existem dias em que mesmo o mais altruísta se mostra um egoísta, para si. Porque ninguém mais precisa saber que alguém está em silêncio e num belo retiro como já sugeria antes. “Quem muito fala, pouco faz”, costuma dizer meu avô, outro sábio que se mostra anônimo da humanidade.Que adianta contar meus planos aos quatro cantos da humanidade, se eles não passam de ilusões, de devaneios, de minha mente. Por que alardear sobre minhas fantasias se elas não passam de fantasias e parecerão loucuras aos ouvidos alheiros? Que maldita mania de soltar a língua que eu tenho! Minha avó diz que pareço um gramofone arrebentado de tanta besteira que sai dessa boca, isso que não falo nem metade do que penso pra ela. Mas bem, mesmo que não tenha escutado meus avós, aprendi mesmo que o ficar de boa fechada é a melhor saída quando se trata de mim mesma. Há coisas que só interessam a nós e ninguém mais além de nós precisa saber. O retiro providencial a que me referia anteriormente vem depois. O silêncio estimula a introspecção e esta traz a autoconfiança. Quando estamos sozinhos somos obrigados a nos conhecer, nos odiar ou nos amar. Venho optando por me amar, e venho gostando disso. Nem preciso dizer o que isso atrai. Mas deixo que o que isso atrai venha atém a mim, e não que eu vá a direção ao objeto que atraio.Sim, fruto de mias um dos conselhos de minha vó, suspeito até que seja um dos preferidos dela.” Quando é muito oferecido ou é podre ou é ardido”, D'accordo, nona!
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